segunda-feira, 4 de maio de 2015
Alunos de Geologia da UFMT anunciam fim da greve estudantil
ANA PAULA DOS SANTOS
BRUNA ULIANA
BRUNA ULIANA
Os alunos de Geologia da UFMT anunciaram, na última quarta-feira [29/04], o fim da greve estudantil que já durava 20 dias. A decisão ocorreu após uma reunião entre estudantes, professores, a reitora Maria Lúcia Cavalli, representantes da PRAE [Pró-Reitoria de Assistência Estudantil] e da PROEG [Pró-Reitoria de Ensino de Graduação], na terça-feira [28].
[Fonte: CEMATEGE]
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Entre as demandas dos alunos estão a manutenção das vagas de professores aposentados, a aquisição de material bibliográfico adequado e atualizado, a manutenção dos laboratórios, melhorias no espaço físico do bloco, o reajuste das diárias de campo e a criação do Instituto de Geociências.O aluno Victor Rodrigues Oliveira, do 4º ano, conta que os laboratórios estão defasados e com muitos equipamentos quebrados. “Eu estou na UFMT há cinco anos e, desde que entrei, os laboratórios são os mesmos, não tiveram nenhuma melhoria. Tem máquina que está quebrada, e a gente tem que mandar amostras para Brasília ou Manaus para análise. Isso porque aqui têm laboratórios, mas estão quebrados e ultrapassados”.
[Fonte: CEMATEGE]
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O curso de Geologia, que existe há 40 anos, pertence ao Instituto de Ciências Exatas e da Terra [ICET], que abrange também os cursos de Estatística, Matemática e Química. Os estudantes lutam, desde 2012, pela criação do Instituto de Geociências, que traria uma reestruturação administrativa para o curso, viabilizando, assim, maior autonomia. “O Instituto de Geociências era uma das propostas da reitora desde a última eleição, e tiraria a Geologia do ICET, colocando-a num instituto próprio”, conta Victor.
A estudante e presidente do Centro Mato-grossense de Estudos Geológicos [CEMATEGE], Valéria Schmidt, explica que nem todas as demandas foram atendidas, mas que a greve serviu para que os estudantes compreendessem melhor a situação do curso e como cobrar melhorias de uma maneira mais eficaz. “Nós estávamos em um mar de desconhecimento, e agora a gente tem um pouco de noção do que está acontecendo. Por isso, a gente decidiu suspender a greve e transformá-la em um movimento constante de luta, de acompanhamento. Tanto no que diz respeito a cobrar e participar do plano pedagógico do curso, quanto na busca por melhorias”.
Após a reunião entre os estudantes e a reitora Maria Lúcia Cavalli, ficou decidido que professores substitutos serão contratados ainda neste semestre. A reitora também garantiu que providenciará os recursos necessários para a criação do Instituto de Geociências até o final do seu mandato.
Programação alternativa durante a greve
No transcorrer da greve estudantil, os estudantes organizaram uma série de atividades no bloco da FAET [Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia], que incluíam as assembleias gerais dos estudantes e a exibição diária de documentários com temáticas geológicas e de ciências afins. Palestras ministradas por professores sobre temas relacionados ao curso também foram oferecidas, além de minicursos de Introdução ao Geoprocessamento, Bússola, Introdução ao Corel Draw, Perfis e Mapas Geológicos, Sondagem, dentre outros.
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