1 – Porque não confio em cursos
inexperientes como esse, fundado em 1975 e que está completando só 40 anos, é
um menino ainda, ademais a própria UFMT faz 45 anos esse ano, ou seja, juízo
pra esse povo;
2 – Porque na atual situação do
país de cobrar transparência e controle dos gastos públicos, acho extremamente
mais fácil que as diárias destinadas para as aulas de campo da Geologia sejam
geridas por uma outra organização, que não a própria Geologia, enviar toda a
verba pro ICET é bem melhor, porque faz o dinheiro dar mais voltas antes de
chegar onde tem que chegar e isso é ótimo. Ademais os professores desse curso
são sempre imediatistas, entregam com a antecedência necessária o cronograma de
campo a Proeg para aprovação, e um curso novo como esse ainda não tem seus
campos bem definidos;
3 – Porque a Decisão ad referendum 01/2015 do CONSUNI, diz que as vagas de professor
oriundas de aposentadoria, demissão ou morte, ficam com o instituto e deve ser
realocada de acordo com os PIAS e o Projeto Pedagógico do Curso. Acho
totalmente descomplicado exigir um planejamento pedagógico contemplando a
diminuição do quadro de docentes, e pensando bem, quem melhor para conhecer o
projeto pedagógico da Geologia da UFMT, a própria Geologia? Claro que não, é
melhor que o ICET resolva isso, afinal Matemática, Estatística e Química são
cursos reconhecidamente similares a Geologia, aja visto que é comum Geólogo dar
aula de matemática e estatístico ensinar química;
4 – Porque não confio em um curso
que obteve conceito 4 do MEC numa escala que vai até 5, isso demonstra o
caráter baderneiro dessa galerinha mobilizada pela melhoria na educação
superior;
5 – Porque é um curso que
atualmente não tem significativa importância no estado, no meio de uma crise de
água, é esse profissional que pode abastecer desde o bairro, até a África, como
já foi feito. Não consigo entender ainda porque algumas empresas vieram da
Europa e África selecionar os graduandos e graduados desse curso;
6 - Porque um curso que conta com
3 salas de aula, possui apenas 2 programas de Pós Graduação (mestrado), ficam
por aí formando mestres em Geociências e em Recurso Hídricos que ficam entupindo
outras universidades, órgãos ambientais e prefeituras se tornando servidores
elogiáveis;
7 – Porque também não confio que
os professores desse curso tenham condições de organizar alguma coisa, só por
realizar Simpósio de Geologia do Centro Oeste em 2009 e 2013, Simpósio Nacional
de Estudos Tectônicos em 2013, Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica
2015 e mais um monte de outros eventos, organizar evento sem grana em nada se
assemelha a organizar um instituto;
8 – Porque mesmo com a criação do
Instituto de Geociências, os problemas da Geologia ainda continuarão a existir,
de forma que fica bem mais fácil que o professor da matemática entenda todas as
especificidades do curso, se convença delas e a partir de então as resolva,
essa situação de cada um com os seus problemas não se sustenta, haja visto a
efetividade na resolução dos antigos problemas desse curso;
9 – Porque esse curso em nenhum
momento proporcionou retorno a UFMT, só porque criou-se o curso de graduação em
Engenharia de Minas através dos professores desse curso e os concursos
realizados até o momento mostram que os aprovados são egressos da Geologia-UFMT,
não vejo relação direta com a qualidade da graduação e pós graduação atual;
10 – Porque criar Instituto é
dividir, separar, e não é assim, de uma hora pra outra, como quando em 2012 os
professores da Geologia ingressaram com o processo 23108.0192281/12-8
justificando a criação do Instituto de Geociências e no meio de tantos papéis
ainda não foi efetivado, mas tá indo, ou voltando porque na última vez foi
informado que o processo está com o ICET e que ele vai apreciar. Pronto, tudo
esclarecido, o ICET tem que cuidar da Matemática, Estatística, Química e
certamente tá um pouco apertado pra cuidar da Geologia, por isso melhor manter
a Geologia com eles, sem entrar no mérito de que o extinto departamento de Física
do ICET, se tornou instituto através do processo 23108.005889/08-5 em longos e intermináveis 3 meses do ano de 2008,
conforme Resolução CD 20/2008;
11 – Porque criar um instituto vai
muito além de uma assinatura da reitora e não é porque ela prometeu em sua
campanha que as coisas devem acontecer;
12 – Porque é mais fácil ter show
do Flávio Venturini e a Orquestra Sinfônica da UFMT no teatro universitário do
que criar o Instituto de Geociências;
Essa foi uma forma torta, de
tentar dialogar de maneira diferente com a Administração Superior da UFMT, é preciso
ficar claro que não existe lado nessa luta, todos estamos do mesmo lado, ou
pelo menos deveríamos estar. A reestruturação administrativa da Geologia, transfere
diretamente pra ela toda a responsabilidade de dialogar acerca dos inúmeros
problemas que este curso tem a duras penas driblado a exatos 40 anos. Se o
curso necessita hoje de uma restruturação física e pedagógica, a administrativa
encabeça a lista de prioridades para a construção de uma geologia ainda mais
forte num futuro muito próximo.
#IG_UFMT #ConversaReitora #AssinaReitora
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