terça-feira, 7 de abril de 2015

INFORMATIVO DE GREVE DOS ESTUDANTES DE GEOLOGIA DA UFMT




CEMATEGE
Centro Matogrossense de Estudos Geológicos
Curso de Graduação em Geologia

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT

Cuiabá, 07 de abril de 2015.             

INFORMATIVO DE GREVE DOS ESTUDANTES DE GEOLOGIA DA UFMT


Aos nossos companheiros das geociências, Através deste informe tornamos pública a Greve dos Estudantes de Geologia da UFMT iniciada no dia de hoje, 07 de abril de 2015, que tem como pauta única a criação do Instituto de Geociências da UFMT em conformidade com aprovação dos Departamentos de Geologia Geral e Recursos Minerais, assim como com a Coordenação de Curso de Geologia em Reunião de Colegiado de 16 de abril de 2012, proposta esta encaminhada pelo Departamento de Recursos Minerais à Direção Superior desta instituição sob o Número de Processo 23108.0192281/12-8.
É importante citar que esta greve conta com o apoio e aceite de nossos colegas da Pós Graduação em Recursos Minerais e dos Departamentos de Geologia Geral e Recursos Minerais, assim como vem recebendo apoio dos professores e alunos que passam pelas dependências da Geologia UFMT, mesmo que tenham que desviar seus caminhos devido às nossas barricadas. Estamos também recebendo cartas de apoio de nossos colegas estudantes de outros cursos da UFMT.
Nós, discente do curso de Geologia da UFMT entendemos que já se passou o tempo de dar um basta a situação de estagnação em que nos encontramos, e acreditamos que a construção do Instituto de Geociências é o caminho ideal para a concretização das reformulações necessárias à melhoria das nossas condições de ensino aprendizagem e infraestrutura de nosso curso.
Portanto, até segundo momento, não serão permitidas a realizações de aulas regulares de nosso curso de graduação, sendo mantidas apenas as atividades cotidianas que envolvem os processos burocráticos de nossos Departamentos e Coordenação de Curso, assim como nossas atividades de pesquisa. 
Só serão aceitas a presença em nossas dependências de discentes, docentes e técnicos administrativos do Curso de Bacharelado em Geologia, do Curso de Pós Graduação de Recursos Minerais, dos Departamentos de Geologia Geral e de Recursos Minerais e da Coordenação de Curso de Geologia.
Nós, discentes do curso de Geologia da UFMT entendemos que já se passou o tempo de dar um basta a situação de estagnação em que nos encontramos, e acreditamos que a construção do Instituto de Geociências é o caminho ideal para a concretização das reformulações necessárias à melhoria das nossas condições de ensino aprendizagem.
O curso de Geologia conta com cinco turmas anuais, e apenas duas salas de aula, que inclusive carecem de novos materiais permanentes para sua real adequação às nossas necessidades, especialmente no que diz respeito à aquisição de novas carteiras (mesas retangulares com superfície mínima para papéis A3), quadros de vidro, instalação de data show permanentemente afixados na sala de aula etc. Inclusive estamos acompanhando o processo para reforma e adequação de nossas dependências encaminhado pelo Departamento de Geologia Geral à PROAD.
Como explicitado por nossos professores no Of. nº 052/DRM/2014, “a criação do Instituto de Geociências é uma antiga reivindicação do Curso de Geologia”.
Nós, estudantes de Graduação e Pós Graduação lotados juntos aos Departamentos de Geologia Geral e de Recursos Minerais, concordamos com o valor inerente das possibilidades de atuação de nosso IG no que diz respeito à divulgação das geociências e suas implicações público-privadas, mas também estamos certos que o IG propiciará melhores condições de negociações para que convênios sejam firmados com órgãos estaduais (METAMAT, SEMA), federais (CPRM, DNPM), órgãos de fomento (FAPEMAT, FINEP e CNPq) e empresas do ramo geológico (Petrobrás, Vale, Votorantim, Mineração Caraíba etc).
As geociências estão inseridas em todos os âmbitos da vida moderna, mesmo que não faça necessariamente parte do imaginário dos leigos. Da construção civil às conquistas espaciais, do agronegócio à mineração, nas preocupações de salvaguarda dos recursos naturais e de nosso planeta, dentre outros, o trabalho do profissional geólogo está presente.
A citar como exemplo, acabamos de sediar em nosso campus, entre os dias 22 e 25 de março, o 9º Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica e Geoambiental, onde foram discutidas as metodologias de atuação técnica e construção do Marco Regulatório da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil que prevê o monitoramento de desastres naturais e geológicos com o objetivo de prevenção e correção frente às perdas e danos decorrentes destes.
Tal prática é destinada principalmente às áreas sujeitas a enchentes, erosões, deslizamentos e movimentos de massa e tem como instrumento preventivo principal a Carta Geotécnica, documento fundamental para o Planejamento Urbano e subsídio ao PLANO DIRETOR dos municípios cujo profissional executor competente é única e exclusivamente um geocientista.
E este é apenas um dos exemplos da atuação da Geologia em proveito da melhor vida cotidiana humana. Sabendo disso, não conseguimos mais ficar de braços cruzados esperando que a administração superior de nossa Universidade assine a documentação necessária dando corpo ao nosso tão sonhado Instituto de Geociências.
Antigamente o público alvo do Curso de Geologia era diferenciado do atual. Os ingressantes pelo Vestibular eram normalmente de uma faixa etária maior, muitos já inseridos no mercado de trabalho e, em sua grande maioria, composto por pessoas que não sabiam de fato o que era a Geologia e suas possibilidades de atuação profissional. O novo sistema de ingresso na Universidade via Enem e Sisu trazem atualmente um público alvo mais jovem, de pessoas conscientes do curso que escolheram e que na maioria das vezes inclusive já tem em mente qual área das geociências pretende atuar depois de formado.
Essa mudança no perfil do estudante de Geologia da UFMT diminuiu drasticamente o índice de evasão, garantindo a manutenção de nossas cinco turmas anuais, que apresentam hoje uma média de 40 a 50 acadêmicos.
É sabido e notório que necessitamos urgentemente de melhorias em nosso curso, como a contratação de professores, melhoria de nossos laboratórios, adequação de salas de aula e espaços físicos etc, e é por isso que, como já dito, temos atualmente a criação do Instituto de Geociências a principal demanda a ser atendida, garantindo a prática de atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão com mais qualidade, e formando profissionais capazes de atuar de forma mais ativa nos meios socioeconômico e ambiental.
Contamos com a compreensão e apoio de vocês, Nosso muito obrigada,


VALÉRIA SCHMIDT
Presidente do Centro Matogrossense de Estudos Geológicos
Gestão Convergência Continental 2014/15

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