CEMATEGE
Centro Matogrossense de Estudos Geológicos
Curso de Graduação em
Geologia
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MATO GROSSO - UFMT
Cuiabá, 07
de abril de 2015.
INFORMATIVO
DE GREVE DOS ESTUDANTES DE GEOLOGIA DA UFMT
Aos nossos companheiros das geociências,
Através deste informe tornamos pública a Greve dos Estudantes de Geologia da
UFMT iniciada no dia de hoje, 07 de abril de 2015, que tem como pauta única a
criação do Instituto de Geociências da UFMT em conformidade com aprovação dos
Departamentos de Geologia Geral e Recursos Minerais, assim como com a
Coordenação de Curso de Geologia em Reunião de Colegiado de 16 de abril de
2012, proposta esta encaminhada pelo Departamento de Recursos Minerais à
Direção Superior desta instituição sob o Número de Processo 23108.0192281/12-8.
É importante citar que esta greve conta
com o apoio e aceite de nossos colegas da Pós Graduação em Recursos Minerais e
dos Departamentos de Geologia Geral e Recursos Minerais, assim como vem
recebendo apoio dos professores e alunos que passam pelas dependências da
Geologia UFMT, mesmo que tenham que desviar seus caminhos devido às nossas
barricadas. Estamos também recebendo cartas de apoio de nossos colegas
estudantes de outros cursos da UFMT.
Nós, discente do curso de Geologia da UFMT
entendemos que já se passou o tempo de dar um basta a situação de estagnação em
que nos encontramos, e acreditamos que a construção do Instituto de Geociências
é o caminho ideal para a concretização das reformulações necessárias à melhoria
das nossas condições de ensino aprendizagem e infraestrutura de nosso curso.
Portanto, até segundo momento, não serão
permitidas a realizações de aulas regulares de nosso curso de graduação, sendo
mantidas apenas as atividades cotidianas que envolvem os processos burocráticos
de nossos Departamentos e Coordenação de Curso, assim como nossas atividades de
pesquisa.
Só serão aceitas a presença em nossas
dependências de discentes, docentes e técnicos administrativos do Curso de
Bacharelado em Geologia, do Curso de Pós Graduação de Recursos Minerais, dos
Departamentos de Geologia Geral e de Recursos Minerais e da Coordenação de
Curso de Geologia.
Nós, discentes do curso de Geologia da
UFMT entendemos que já se passou o tempo de dar um basta a situação de
estagnação em que nos encontramos, e acreditamos que a construção do Instituto
de Geociências é o caminho ideal para a concretização das reformulações
necessárias à melhoria das nossas condições de ensino aprendizagem.
O curso de Geologia conta com cinco turmas
anuais, e apenas duas salas de aula, que inclusive carecem de novos materiais
permanentes para sua real adequação às nossas necessidades, especialmente no
que diz respeito à aquisição de novas carteiras (mesas retangulares com
superfície mínima para papéis A3), quadros de vidro, instalação de data show
permanentemente afixados na sala de aula etc. Inclusive estamos acompanhando o
processo para reforma e adequação de nossas dependências encaminhado pelo
Departamento de Geologia Geral à PROAD.
Como explicitado por nossos professores no
Of. nº 052/DRM/2014, “a criação do Instituto de Geociências é uma antiga
reivindicação do Curso de Geologia”.
Nós, estudantes de Graduação e Pós
Graduação lotados juntos aos Departamentos de Geologia Geral e de Recursos
Minerais, concordamos com o valor inerente das possibilidades de atuação de
nosso IG no que diz respeito à divulgação das geociências e suas implicações
público-privadas, mas também estamos certos que o IG propiciará melhores
condições de negociações para que convênios sejam firmados com órgãos estaduais
(METAMAT, SEMA), federais (CPRM, DNPM), órgãos de fomento (FAPEMAT, FINEP e
CNPq) e empresas do ramo geológico (Petrobrás, Vale, Votorantim, Mineração
Caraíba etc).
As geociências estão inseridas em todos os
âmbitos da vida moderna, mesmo que não faça necessariamente parte do imaginário
dos leigos. Da construção civil às conquistas espaciais, do agronegócio à
mineração, nas preocupações de salvaguarda dos recursos naturais e de nosso
planeta, dentre outros, o trabalho do profissional geólogo está presente.
A citar como exemplo, acabamos de sediar
em nosso campus, entre os
dias 22 e 25 de março, o 9º Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica e
Geoambiental, onde foram discutidas as metodologias de atuação técnica e
construção do Marco Regulatório da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil
que prevê o monitoramento de desastres naturais e geológicos com o objetivo de
prevenção e correção frente às perdas e danos decorrentes destes.
Tal prática é destinada principalmente às
áreas sujeitas a enchentes, erosões, deslizamentos e movimentos de massa e tem
como instrumento preventivo principal a Carta Geotécnica, documento fundamental
para o Planejamento Urbano e subsídio ao PLANO DIRETOR dos municípios cujo
profissional executor competente é única e exclusivamente um geocientista.
E este é apenas um dos exemplos da atuação
da Geologia em proveito da melhor vida cotidiana humana. Sabendo disso, não
conseguimos mais ficar de braços cruzados esperando que a administração
superior de nossa Universidade assine a documentação necessária dando corpo ao
nosso tão sonhado Instituto de Geociências.
Antigamente o público alvo do Curso de
Geologia era diferenciado do atual. Os ingressantes pelo Vestibular eram
normalmente de uma faixa etária maior, muitos já inseridos no mercado de
trabalho e, em sua grande maioria, composto por pessoas que não sabiam de fato
o que era a Geologia e suas possibilidades de atuação profissional. O novo sistema
de ingresso na Universidade via Enem e Sisu trazem atualmente um público alvo
mais jovem, de pessoas conscientes do curso que escolheram e que na maioria das
vezes inclusive já tem em mente qual área das geociências pretende atuar depois
de formado.
Essa mudança no perfil do estudante de
Geologia da UFMT diminuiu drasticamente o índice de evasão, garantindo a
manutenção de nossas cinco turmas anuais, que apresentam hoje uma média de 40 a
50 acadêmicos.
É sabido e notório que necessitamos
urgentemente de melhorias em nosso curso, como a contratação de professores,
melhoria de nossos laboratórios, adequação de salas de aula e espaços físicos
etc, e é por isso que, como já dito, temos atualmente a criação do Instituto de
Geociências a principal demanda a ser atendida, garantindo a prática de
atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão com mais qualidade, e formando
profissionais capazes de atuar de forma mais ativa nos meios socioeconômico e
ambiental.
Contamos com a compreensão e apoio de
vocês, Nosso muito obrigada,
VALÉRIA
SCHMIDT
Presidente do Centro Matogrossense de Estudos Geológicos
Presidente do Centro Matogrossense de Estudos Geológicos
Gestão Convergência
Continental 2014/15
Avenida Fernando Corrêa da
Costa, s/n. º - Coxipó – Cuiabá-MT CEP 78000-000.
CGC n.º 24.771.313./0001-01
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